26 de nov. de 2005

A que ponto...


Ahh!

A mocinha fala toda empolga:
- A-r-t-i-s-t-a!
- É mesmo?
- Sou back vocal.
- O que é isso ?
- Artista, sua burra. Cantora.
- Cantora?
- Ã hã!
- Canta um pouquinho, então.
- Precisa ter um clima, você sabe como é?
- Canta vai....
- Não vai dar, mas vou te contar um segredo.
- O que?
- Sabe o "Ahh" do Kolynos?
- Do comercial?
- É. Fui eu quem fiz: Ahh! Viu?
- Cantora... Ah, tá.

25 de nov. de 2005

A Televisão Me Deixou Burro Demais

BOLINHA
Olha, a minha paciência realmente tem limites. Putz grila! Tava conversando com uns amigos hoje e quando falei do Clube do Bolinha, ninguém se lembrava. Dá pra acreditar numa injustiça dessas?
Edson Cury, o Bolinha, foi um dos maiores apresentadores da televisão brasileira de todos os tempos. O cara conduziu por mais de 30 anos. Vou repetir bem alto, TRINTA ANOS, um programa de auditório que rivalisou com o programa do Chacrinha - Tudo bem, o Velho Guerreiro era imbátivel -, isso ainda não é para qualquer Faustão ou Gugu.
O sujeito foi, à sua maneira, um revolucionário. A venda de produtos em chamadas do apresentador, isso que todo mundo faz hoje em tudo quanto é programa chifrin, o Bolinha já fazia e na vanguarda, o cara vendia supositório para prisão de ventre ou hemorroidas, sei lá (dentre outras tranqueiras como as Pirulas de Lussen, que sabe Deus para que servem), antes que qualquer um tivesse peito, ou bunda para falar de peido na televisão.
Jurados, tinha no Bolinha!
Mulheres de Maiô, tinha no Bolinha! Tinha uma bolete que não sorria. Dá para acreditar. Uma dançarina de programa de auditório que não sorri. E pior, o charme da moça era esse. O Bolinha chamava a criatura para frente, em destaque, e ela dava uns passos de dança, ou seja lá o que fosse, com a cara mais fechada do mundo. A mulher chupava limão com sal. Sucesso garantido.
Calouros, os melhores do Brasil, tinha no Bolinha!
E quando ele parava tudo e se dirigia para câmera. Perguntava, com a maior cara de pau: Você tem prisão de ventre? Tome IMESCARD. Enquanto uma das moças segurava a caixa de supositórios, à altura do rosto, em um sorriso, em close. O produto vendia. Duvido que bolete o usasse com aquele sorriso.
Todo sábado à tarde tinha:
"Bolinha, Bolinha! Está na hora de você entrar na linha.
Cantando bem, você ganha os parabéns,
Cantando mal, vá cantar no seu quintal.
Bol, bol, bol, Bolinha! Está na hora de você entrar na linha...."
Essa é a letra da música de abertura do programa. Uma perola de mal gosto poético.
Para não esquecer, Bolinha começou na Televisão como comentarista de "lutas" de telecatch. Em 1967, na TV Excelsior, passou a comandar um programa de auditório substituindo o Velho Guerreiro, que deixara a emissora. O programa mudou de canal, foi para a Bandeirantes e lá ficou até 1992. Depois, houve incursões esporádicas até a morte do apresentador, em 1º de julho de 1998.
O mais lastimável é que a TV não rendeu a Bolinha as devidas homenagens. Como muitos outros homens e mulheres que ajudaram a construir a industria da televisão no Brasil, Bolinha também foi facilmente esquecido. Sua morte pouco repercutiu e hoje, pode-se contar nos dedos quem, com menos de 25 anos, sabe quem foi Edson Cury.

23 de nov. de 2005

A Televisão Me Deixou Burro Demais (Mulheres 1)

Catherine Bach?
Falando assim você não lembra, não é mesmo?
E seu eu disser que ela estava sempre de shortinho jeans, que adorava o General Lee, que era o sonho do Sheriff e dos demais homens da lei, que era sobrinha de um fabricante de bebidas ilegais, que trabalhou de garçonete e até cantava... Ainda não lebrou?
Pois é, tem gente que acha que as gostosonas surgiram com a Beyonce, Britney Spear ou a Mariah Carey. Para essas pessoas não dá realmente para lembrar da linda Catherine Bach dirigindo um Dodge Charger vermelho, com a bandeira confederada pintada no teto.
A moça era tudo de bom. Entrava e saia do carro pela janela (o carro tinha as portas soldadas) com seus shortinhos de matar qualquer um.
A gente chegava da aula e já ia para frente da tv, para a Sessão Aventura, ver Os Gatões (Duke's Hazzard). Pena que ela não aparecia em todos os epsódios.
Era a Dayse. Acho que ninguém nunca se preocupou em saber que o nome da atriz era Catherine Bach. Dayse Duke estava muito bom.

22 de nov. de 2005

A que ponto....

Se você ainda se sente menor diante dos arrogantes argentinos, se é um cara que não gosta de futebol ou de mulher e por isso desconhece a nossa superioridade.
Bom, se você é um apreciador de cerveja, ainda tem salvação. Olha o que os argentinos acham que desce redondo....

Polis (Imagens e Palavras)

Para quem precisa de provas da eficiência do regime cubano. A foto abaixo comprova, sem sombra de dúvida que a vida em Cuba é muito boa e abundante.

Para quem não conhece ou não gosta, esta é Vida Guerra, a mais importante modelo cubana nos EUA e a prova de que o regime de Fidel é muito abundante.

A que ponto....


Tá legal. Você não gosta de balas. Não gosta nem de doces.... Detesta a prossição de vendedores no semáforo.... Mas, da bala chita você não escapa.
Bala Chita é um clássico.
Os bonitões da bala chita que o digam. O negócio atravessou gerações, nunca mudou a embalagem, nunca teve o sabor alterado, sempre o mesmo, sempre o tradicional.
Jamais se tornará um produto sofisticado, um daqueles cuja marca vira sinônimo de qualidade ou referência da substância, como o leite moça ou o bombril. A bala chita não, a bala chita é humilde, não está nas melhores casas do ramo. Chupar bala chita é vulgar, tem gente que faz escondido, que nega, que diz que nunca chupou, que nem gosta de doce. Tudo mentira, todo mundo já teve um pedaço da bala da maquinha grudado nos dentes, por que ela gruda.
Bala chita é a macaquinha rainha do semáforo com todas as honras e xingamentos também, porque é foda, quando os caras viram o retrovisor ao jogar uma discreta touceira amarela de bala chita sobre ele. Mas, pior que ter que ajustar o retrovisor é ter que comprar disfaçadamente. Porque gente elegante não chupa bala chita.

2 de nov. de 2005

No Escurinho do Cinema

Se quiser ser sugestivo, leve sua primeira namorada para ver Cobra
Olha o perfil da Criatura:
Nome Completo: Marion Cobretti (Fala sério, isso é nome de homem?)
Pseudônimo: (Com um nome desses, tinha que ter alcunha.) Cobra (No caso, não ajudou muito).
Cargo: Tenente de Polícia (Agora imagina o pessoal na delegacia chamando o cara. - Tenente Cobretti! Ou então, - Você viu Cobra por aí?)
Armas: 357 metralhadora ligeira com mira lazer, uma Colt 45.
Comida preferida: Carne Crua (Incluída a Brigitte Nielsen)
Peculiaridades: Óculos negros espelhados, um fósforo na boca, corta pizzas com um facão... (Um amor de pessoa.)
Perfil psicológico e político: Facista, racista, itolerante. De frases lapidares e um peculiar senso de justiça primitivo. (O próprio homem das carvernas.)
Em 1986, John P. Cosmatos dirigiu Sylvester Stallone e Brigitte Nielsen nessa maravilha cinematográfica que conta como são poucas as chances das forças do crime se perpetuar na presensa do diplomático Tenente Cobretti.
O lindinho assume a custódia da modelo loira, compridona e sueca, Brigitte Nielsen que, sabe Deus porque, está sendo perseguida por uma gangue de motoqueiros.
A história é a de sempre e depois de muita carnificina, sem que se explique porque os bandidos são tão ruins de pontaria e ainda escolhem essa profissão (desde o Rambo era assim).
O mocinho e a mocinha montam na moto e pegam a estrada em direção ao por do sol. Tudo muito original, não é mesmo?
Esse humilde escrevinhador levou a primeira namorada para assistir essa obra prima no Cine Brasil, com direito a fatia de pizza no Center Pizza da Afonso Pena e românticas viagens de ônibus. É claro que, apesar do nome sugestivo da película, não rolou nada, nem beijinho, a não ser no final, na porta da casa da moça, quando ela tomou uma atitude do tipo "cala boca e beija, seu otário".
Mas, tem clima para romance, sem dúvida: O Cobra + Cine Brasil e seus educados freqüentadores + fatia de pizza requentada do Center Pizza + um idiota que acha que entende de cinema + viagem em ônibus vermelho = Romance.
Pergunta se ela quis voltar ao cinema comigo.