O Haiti é aqui?
Quando o Brasil contribuiu para a estabilização do Haiti e o estabelecimento de uma autoridade democraticamente legítima naquele país, o país - por ser líder das forças de paz - e ONU tiveram a oportunidade de realmente iniciar um processo histórico novo, desvinculado do passado de abusos e golpes políticos que marcou a história haitiana desde a independência em 1804 ou 1820 (como queiram).
O que se viu desde então foi uma sucessão de erros (a incapacidade das forças de paz de garantirem a paz, a incapacidade dos órgãos de ajuda humanitária em debelar a fome crônica, o suicídio de um general - consciente de suas limitações e da exposição desnecessária de suas tropas - e, por último, mas não menos importante, uma eleição meia boca que vai desestabilizar o futuro da nação haitiana). Erros, é um eufemismo, um modo polido de dizer, um jeito de não trazer à tona os precedentes, os passos em falso que poderiam ser corrigidos.
Quando, em 2001, o presidente americano tomou a decisão de unilateral de declarar guerra contra o terror, não faltaram os baluartes do bom senso a dizer que a ONU deveria ser consultada (no mínimo), que o que Bush fazia era wanted dead or alive justiça far western. Pois bem, a Casa Branca foi adiante, depôs o talibã, organizou um governo novo no Afeganistão, depôs Sadan Hussein e também organizou um governo novo no Iraque. Em meio a bombas e fanatismo, o empreendimento americano trouxe uma nação da idade média para a civilização e resgatou outra dos idos da década de 40. Quem é o ignorante, o cowboy armado, quem garantiu, ainda que sob pena de romper temporariamente valores íntimos da cultura americana, que solo ianque não fosse mais machado por atentados terroristas, quem estava certo Bush ou Michael Moore, que lotou cinemas com o seu porcumentário (como foi bem definido nas páginas de PRIMEIRA LEITURA) onde desmoralizava a Casa Branca, quem?
É preciso lembrar à ONU que apesar do belo discurso da convivência harmônica entre diferentes, não é a civilização ocidental que tem rejeitado o resto do mundo. O palavreado fácil e irresponsável que corre pelos Fóruns Sociais Mundiais, arrota grandes bordões (Sistema Capitalista, Globalização, Imperialismo, etc.) como se a civilização ocidental fosse monolítica e houvesse uma grande inteligência a reger os atos de todos os homens e mulheres que vivem suas vidinhas cotidianas esquecidos de seu dever de opressores de povos menos afortunados. Se há tal inteligência, ela deveria se empenhar em um destino manifesto civilizador, transformador da cultura política arcaica e moribunda que foi desalojada na Europa e na América do Norte nos séculos XVIII e XIX, mas que insiste em manter-se em boa parte da Ásia, África e América Latina.
O Brasil e a ONU, ao darem um jeitinho na eleição do Haiti e deixarem de apurar as fraudes e punir os culpados, dando transparência à eleição e legitimidade ao novo governo, legaram uma herança de fome, ignorância, violência e instabilidade política àquela república. O Haiti não será melhor do que era após a intervenção da ONU.
Quando o Brasil contribuiu para a estabilização do Haiti e o estabelecimento de uma autoridade democraticamente legítima naquele país, o país - por ser líder das forças de paz - e ONU tiveram a oportunidade de realmente iniciar um processo histórico novo, desvinculado do passado de abusos e golpes políticos que marcou a história haitiana desde a independência em 1804 ou 1820 (como queiram).
O que se viu desde então foi uma sucessão de erros (a incapacidade das forças de paz de garantirem a paz, a incapacidade dos órgãos de ajuda humanitária em debelar a fome crônica, o suicídio de um general - consciente de suas limitações e da exposição desnecessária de suas tropas - e, por último, mas não menos importante, uma eleição meia boca que vai desestabilizar o futuro da nação haitiana). Erros, é um eufemismo, um modo polido de dizer, um jeito de não trazer à tona os precedentes, os passos em falso que poderiam ser corrigidos.
Quando, em 2001, o presidente americano tomou a decisão de unilateral de declarar guerra contra o terror, não faltaram os baluartes do bom senso a dizer que a ONU deveria ser consultada (no mínimo), que o que Bush fazia era wanted dead or alive justiça far western. Pois bem, a Casa Branca foi adiante, depôs o talibã, organizou um governo novo no Afeganistão, depôs Sadan Hussein e também organizou um governo novo no Iraque. Em meio a bombas e fanatismo, o empreendimento americano trouxe uma nação da idade média para a civilização e resgatou outra dos idos da década de 40. Quem é o ignorante, o cowboy armado, quem garantiu, ainda que sob pena de romper temporariamente valores íntimos da cultura americana, que solo ianque não fosse mais machado por atentados terroristas, quem estava certo Bush ou Michael Moore, que lotou cinemas com o seu porcumentário (como foi bem definido nas páginas de PRIMEIRA LEITURA) onde desmoralizava a Casa Branca, quem?
É preciso lembrar à ONU que apesar do belo discurso da convivência harmônica entre diferentes, não é a civilização ocidental que tem rejeitado o resto do mundo. O palavreado fácil e irresponsável que corre pelos Fóruns Sociais Mundiais, arrota grandes bordões (Sistema Capitalista, Globalização, Imperialismo, etc.) como se a civilização ocidental fosse monolítica e houvesse uma grande inteligência a reger os atos de todos os homens e mulheres que vivem suas vidinhas cotidianas esquecidos de seu dever de opressores de povos menos afortunados. Se há tal inteligência, ela deveria se empenhar em um destino manifesto civilizador, transformador da cultura política arcaica e moribunda que foi desalojada na Europa e na América do Norte nos séculos XVIII e XIX, mas que insiste em manter-se em boa parte da Ásia, África e América Latina.
O Brasil e a ONU, ao darem um jeitinho na eleição do Haiti e deixarem de apurar as fraudes e punir os culpados, dando transparência à eleição e legitimidade ao novo governo, legaram uma herança de fome, ignorância, violência e instabilidade política àquela república. O Haiti não será melhor do que era após a intervenção da ONU.
2 comentários:
sobre a situação do afeganistão não dou meu palpite, mas, sobre a situação iraquiana, você tem uma visão um tanto rósea......
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