Domingo, 16, ocorreu, aqui em Belo Horizonte a passeata do orgulho gay.
De tudo que ouvi sobre o assunto, uma coisa me deixou particularmente intrigado. Alguém leu ou disse que a passeata também visava a afirmação da livre orientação sexual.
Vamos ler as sombras das palavras. Uma passeata do orgulho gay que afirme a livre orientação sexual, por mais que não seja essa a intenção explicita e tenho certeza que não é, intui, denota, insinua, etc. que a orientação hétero não é livre ou talvez alguém venha dizer que isso é caraminhola da minha cabeça, mania de perseguição, preconceito, etc. Não é!
O discurso oficial do movimento é muito centrado na questão da aceitação das diferenças ou, no mínimo, na livre convivência com as diferenças. Não sei se já falei isso aqui, mas se não falei, falo agora. Isso tudo me parece muito contraditório.
Historicamente, estou falando de década de 50 e 60, a identidade gay se associava com uma posição rebelde, outsider. Os gays não procuravam aceitação e tolerância, eles queriam romper com o status quo, transformar a sociedade, ainda que pacificamente, é inegável que esse conteúdo fazia parte da mística de movimentos como os dos hippies e gays de São Francisco, só para citar um caso emblemático, que identificavam a orientação hétero como um traço de conservadorismo.
Um outro conteúdo interessante no discurso oficial é o que vou chamar de naturalização X escolha. Afirma-se enfaticamente que a orientação sexual é resultado de uma escolha de uma opção, procura-se minimizar quaisquer causas dessa orientação relacionadas a impulsos orgânicos, inclusive como contra argumentação do discurso hétero que se apega, pelo menos em sua versão menos sofisticada, em funções orgânicas e religiosas-culturais para justificar a orientação sexual.
Tenho que impressão que o homossexualismo moderno (a partir de meados do século XIX até nossos dias) se reveste de um significado bastante diverso daquele correspondente à antigüidade. Para os antigos tratava-se sobretudo de conformação a imperativos culturais coletivos, ser homossexual em Roma ou na Grécia antiga não era um ato de rebeldia, antes de conformação e aceitação. Em nossa sociedade, o movimento pelo politicamente correto reverte um dos principais focos de rebeldia do século XX em ação pela família em prol da propriedade.
De tudo que ouvi sobre o assunto, uma coisa me deixou particularmente intrigado. Alguém leu ou disse que a passeata também visava a afirmação da livre orientação sexual.
Vamos ler as sombras das palavras. Uma passeata do orgulho gay que afirme a livre orientação sexual, por mais que não seja essa a intenção explicita e tenho certeza que não é, intui, denota, insinua, etc. que a orientação hétero não é livre ou talvez alguém venha dizer que isso é caraminhola da minha cabeça, mania de perseguição, preconceito, etc. Não é!
O discurso oficial do movimento é muito centrado na questão da aceitação das diferenças ou, no mínimo, na livre convivência com as diferenças. Não sei se já falei isso aqui, mas se não falei, falo agora. Isso tudo me parece muito contraditório.
Historicamente, estou falando de década de 50 e 60, a identidade gay se associava com uma posição rebelde, outsider. Os gays não procuravam aceitação e tolerância, eles queriam romper com o status quo, transformar a sociedade, ainda que pacificamente, é inegável que esse conteúdo fazia parte da mística de movimentos como os dos hippies e gays de São Francisco, só para citar um caso emblemático, que identificavam a orientação hétero como um traço de conservadorismo.
Um outro conteúdo interessante no discurso oficial é o que vou chamar de naturalização X escolha. Afirma-se enfaticamente que a orientação sexual é resultado de uma escolha de uma opção, procura-se minimizar quaisquer causas dessa orientação relacionadas a impulsos orgânicos, inclusive como contra argumentação do discurso hétero que se apega, pelo menos em sua versão menos sofisticada, em funções orgânicas e religiosas-culturais para justificar a orientação sexual.
Tenho que impressão que o homossexualismo moderno (a partir de meados do século XIX até nossos dias) se reveste de um significado bastante diverso daquele correspondente à antigüidade. Para os antigos tratava-se sobretudo de conformação a imperativos culturais coletivos, ser homossexual em Roma ou na Grécia antiga não era um ato de rebeldia, antes de conformação e aceitação. Em nossa sociedade, o movimento pelo politicamente correto reverte um dos principais focos de rebeldia do século XX em ação pela família em prol da propriedade.
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